A crise climática tem contribuído para um aumento alarmante na probabilidade de incêndios florestais na Espanha e em Portugal, com estudos indicando que as condições que levaram a esses desastres são agora 40 vezes mais prováveis. Neste verão europeu, mais de um milhão de hectares foram queimados, um recorde desde o início das medições em 2006, com os dois países contabilizando dois terços da devastação. As condições críticas de temperatura, umidade e vento, que favorecem esses incêndios, são esperadas uma vez a cada 15 anos; no entanto, sem a influência do aquecimento global causado pela atividade humana, essa frequência seria de uma vez a cada 500 anos. A magnitude da destruição atual levanta sérias preocupações sobre as consequências das mudanças climáticas para a segurança ambiental e a biodiversidade na região, exigindo uma resposta urgente das autoridades e da comunidade internacional.