Um incêndio devastador na clínica de recuperação Liberte-se, localizada no Paranoá, Distrito Federal, resultou na morte de cinco pessoas e deixou 11 feridas no último domingo (31). O incidente ocorreu apenas três dias após a mãe de um dos pacientes ter denunciado irregularidades na instituição à ouvidoria do governo do DF, que respondeu afirmando que o local apresentava ‘boas condições higiênicas’. A mulher retirou seu filho da clínica antes da tragédia, após receber uma carta dele relatando abusos e a falta de segurança no local.
A denúncia feita à ouvidoria não foi a única; a mãe também acionou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, solicitando uma medida urgente em relação às condições da clínica. Em resposta, o MP informou que já havia solicitado informações e fiscalização da instituição antes do incêndio. A polícia investiga as causas do fogo, que pode ter sido provocado por um carregador de celular, e a 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá está à frente das investigações.
O incêndio expõe a grave situação das clínicas de recuperação no Brasil, onde denúncias de maus-tratos e condições inadequadas são recorrentes. O Instituto Terapêutico Liberte-se lamentou o ocorrido e se colocou à disposição para esclarecer os fatos. A tragédia levanta questões sobre a regulamentação e fiscalização dessas instituições, além da necessidade urgente de garantir a segurança e o bem-estar dos internos em tratamento contra dependência química.