A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil permaneceu em 3,76% em agosto, igualando o patamar registrado em julho e marcando o maior nível em 14 meses, segundo dados do Índice Superlógica. Em comparação com agosto de 2024, quando a taxa era de 3,12%, houve um aumento de 0,64 ponto percentual, ou 20,5% ao longo do ano. Os imóveis residenciais de alto padrão apresentaram uma inadimplência de 7,02%, enquanto a faixa de aluguel até R$ 1.000 subiu para 6,32%.
O levantamento revelou que a inadimplência variou conforme o tipo de imóvel: apartamentos tiveram uma leve queda para 2,58%, enquanto as casas registraram um aumento para 4,27%. Nos imóveis comerciais, a taxa subiu para 5,20%. Regionalmente, o Nordeste liderou com uma taxa de 4,94%, seguido pelo Norte (4,64%) e Centro-Oeste (3,90%), enquanto o Sul teve a menor inadimplência do país, com 3,31%.
Esses dados indicam uma crescente preocupação com a capacidade de pagamento dos locatários em um cenário econômico desafiador. A alta na inadimplência pode impactar o mercado imobiliário e as decisões de investimento, além de refletir as desigualdades regionais no Brasil. O aumento da inadimplência em faixas específicas de preço sugere que a crise econômica afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis.