Funcionários dos aplicativos de entrega iFood e 99Food estão sendo alvo de propostas financeiras de consultorias internacionais que buscam informações estratégicas sobre suas operações. De acordo com uma reportagem do UOL, as ofertas variam entre US$ 250 e R$ 5.500 por conversas em vídeo, onde os empregados são solicitados a compartilhar dados como número de usuários e receitas. A maioria das consultorias envolvidas tem sede na China, mas também há empresas do Japão, Estados Unidos e Brasil.
O caso surge em um contexto de intensificação da concorrência no mercado de aplicativos de entrega, onde o iFood lidera, seguido pelo Rappi. Recentemente, a 99Food, controlada pela chinesa DiDi Global, e a Keeta, da Meituan, entraram no setor com o objetivo de conquistar uma fatia do mercado. Em resposta às abordagens, o iFood classificou a situação como “espionagem corporativa” e enviou notificações extrajudiciais às consultorias para que cessem as tentativas de contato com seus funcionários.
A prática de oferecer dinheiro em troca de informações confidenciais é considerada crime no Brasil, conforme a Lei de Propriedade Intelectual e o Código Penal. O iFood e o 99Food estão tomando medidas para proteger seus dados e operações, enquanto a situação levanta preocupações sobre a ética na competição entre empresas no setor de tecnologia e serviços.