O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta quinta-feira (4) que não há uma definição sobre a inclusão do projeto de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro na pauta do plenário. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou interesse em que a proposta avance, após se encontrar com Motta em Brasília na quarta-feira (3). Motta ressaltou que a pressão para que o projeto seja votado aumentou, com apoio de partidos como PL, PP, União Brasil e Republicanos, que juntos somam 292 deputados, a maioria necessária para a aprovação.
A proposta de anistia ganhou força na Câmara, impulsionada pelo interesse de Tarcísio, que é visto como um dos articuladores do tema. A expectativa da oposição é que a votação ocorra após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já se posicionou contra a versão atual do projeto e anunciou que apresentará uma alternativa. Tarcísio, que chegou a Brasília na terça-feira (2), havia afirmado anteriormente que concederia indulto ao ex-presidente caso fosse eleito e assumisse a Presidência.
As implicações dessa discussão são significativas, pois envolvem não apenas questões políticas internas, mas também o futuro da relação entre os partidos e a possibilidade de um indulto ao ex-presidente. A tramitação do projeto poderá impactar o cenário político brasileiro e as estratégias eleitorais dos envolvidos. A pressão por uma definição clara sobre o tema deve continuar nas próximas semanas.