A engenheira química Patrícia Metolina propõe uma solução inovadora para a indústria siderúrgica brasileira: a utilização do hidrogênio verde na produção de aço, um método que visa reduzir as emissões de CO₂. Sua pesquisa, que foi premiada pela Universidade de São Paulo (USP), revela o potencial do Brasil em adotar essa tecnologia, já em fase de testes na Suécia, onde grandes siderúrgicas investem na produção de aço verde.
Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançaram o Portal Brasileiro de Hidrogênio, uma plataforma online destinada a fornecer informações estratégicas sobre o setor e atrair novos investidores. O hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis, pode ser transformado em combustível e matéria-prima para diversas indústrias, incluindo a siderúrgica, que é responsável por cerca de um terço das emissões industriais de CO₂ no Brasil.
Apesar do grande potencial e dos avanços nas pesquisas, a implementação do hidrogênio verde ainda enfrenta desafios significativos. A expectativa é que o Brasil comece a produzir amônia e metanol a partir dessa tecnologia até 2030, mas a transição requer investimentos substanciais e superação de barreiras técnicas e financeiras. O futuro do hidrogênio verde no país dependerá da capacidade de transformar projetos em realidade.