O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizou a recente megaoperação da Polícia Federal para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública. Em entrevista à Band no último domingo, Haddad afirmou que a colaboração entre diferentes órgãos do Estado é essencial para enfrentar o crime organizado, destacando que a operação demonstra a necessidade de uma abordagem integrada. Segundo ele, o objetivo da PEC é forçar essa integração, superando a vaidade entre as instituições e unindo esforços para combater a criminalidade.
A operação, realizada na última quinta-feira, mobilizou cerca de 1.400 agentes e teve como alvo 350 pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis. Haddad ressaltou que essa ação foi exemplar e envolveu 10 Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) em diferentes estados. Ele também mencionou que o PCC utilizava fintechs para lavar dinheiro do tráfico internacional de drogas, com movimentações que somaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
O ministro destacou que o combate ao crime organizado deve ser uma política de Estado, independente das alternâncias de poder. Ele acredita que a integração das inteligências é um caminho natural para o sucesso das operações e que essa abordagem pode servir como exemplo para outros países. A PEC da segurança pública, que está em análise na Câmara dos Deputados, visa ampliar os poderes da Polícia Federal e criar uma nova Polícia Viária para fortalecer a segurança no Brasil.