O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua oposição à proposta de atrelamento da votação da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil à apreciação da anistia para condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Durante uma entrevista ao Podcast 3 Irmãos, Haddad afirmou que essa ligação é ‘loucura’ e que a discussão sobre justiça tributária deve ser independente de questões políticas. Ele instou os parlamentares a votarem com consciência no projeto de isenção, que está agendado para votação na próxima quarta-feira (1º).
A proposta em questão prevê isenção do imposto para quem ganha até R$ 5 mil e uma redução parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7.350. O relator do projeto de anistia, Paulinho da Força, indicou que a votação da anistia deve ocorrer antes da do imposto, sob pena de comprometer a apreciação da mudança tributária. Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sugere que a nova legislação pode dobrar o número de trabalhadores isentos de 10 milhões para 20 milhões.
Além disso, Haddad expressou apoio ao fim da escala 6×1, defendendo que as pessoas devem trabalhar mais anos, mas menos dias por semana, para melhorar sua qualidade de vida. Ele argumentou que essa mudança é necessária para permitir que as pessoas tenham mais tempo livre, especialmente aqueles com filhos pequenos, que atualmente enfrentam longas jornadas de trabalho. Essa discussão sobre a carga horária também está em pauta no Congresso Nacional.