Gustavo Borges, medalhista olímpico e empresário, analisou o atual cenário do esporte no Brasil em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, exibido no último domingo (7). Durante a conversa, ele apontou a ausência de políticas estruturadas e a falta de estímulo à prática esportiva como fatores que limitam o desenvolvimento de atletas em larga escala. Segundo Borges, o Brasil não conseguiu transformar os feitos de ícones do esporte em um legado contínuo, afirmando que “para revelar em grande quantidade, precisa de volume”.
O ex-nadador destacou que até 2018, o Brasil era considerado o quinto país mais sedentário do mundo, segundo dados do IBGE. Ele ressaltou que a adesão à atividade física ainda é baixa e que a Educação Física nas escolas não recebe a mesma seriedade que disciplinas como matemática e português. Borges argumentou que, embora muitos brasileiros gostem de futebol, isso não se traduz em um hábito esportivo saudável, evidenciando uma mentalidade fraca em relação à prática de atividades físicas desde a infância.
Além disso, Borges criticou a dependência dos clubes e do financiamento público para o desenvolvimento esportivo. Ele alertou que essa situação torna o esporte vulnerável e inerte, pois a iniciativa privada tende a investir apenas em áreas lucrativas. Para o medalhista olímpico, é essencial que o Brasil mude sua abordagem em relação ao esporte para voltar a ter sucesso nas competições internacionais, como as Olimpíadas de 2028.