A Guiana vai às urnas nesta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, para eleger o presidente e os membros do Parlamento. O atual presidente Irfaan Ali, que está no cargo desde 2020, busca a reeleição pelo Partido Progressista do Povo/Cívico (PPP/C) em um contexto de intensa disputa pelas riquezas petrolíferas do país. Desde o início da extração de petróleo pela Exxon Mobil em 2019, a Guiana arrecadou cerca de US$ 7,5 bilhões, tornando-se uma das economias que mais crescem no mundo.
O governo de Ali tem investido os lucros do petróleo em infraestrutura e educação, mas enfrenta críticas de opositores que alegam que os benefícios são desigualmente distribuídos entre as comunidades étnicas do país. Três dos cinco partidos que concorrem à eleição se comprometem a renegociar os contratos com a Exxon, o que pode alterar significativamente a gestão dos recursos naturais. Além disso, o novo partido Win, liderado por Azruddin Mohamed, sancionado pelos EUA por corrupção, tem atraído apoio popular ao se posicionar como uma alternativa aos partidos tradicionais.
A eleição deste ano é crucial, pois pode redefinir o equilíbrio de poder no Parlamento, onde o PPP/C atualmente detém uma maioria apertada. A comissão eleitoral planeja divulgar os resultados até quarta-feira, 3 de setembro, após um impasse na contagem de votos nas eleições de 2020. O desfecho deste pleito poderá influenciar não apenas a política interna da Guiana, mas também suas relações econômicas internacionais, especialmente com grandes investidores como a Exxon Mobil.