A Grande Vitória, no Espírito Santo, vive um cenário de crescente violência em decorrência da guerra entre facções criminosas, principalmente entre o Primeiro Comando de Vitória (PCV) e o Terceiro Comando Puro (TCP). Regiões como Grande Santa Rita e Conquista se tornaram pontos críticos de conflito, com um aumento significativo no número de homicídios e ataques armados nos últimos meses. A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) monitora essas áreas, mas não divulga números específicos sobre os confrontos.
Os especialistas em segurança pública explicam que a disputa territorial entre as facções é motivada por interesses comerciais, com áreas estratégicas sendo alvo de disputas acirradas. O subsecretário de Inteligência da Sesp, delegado Romualdo Gianordoli, destacou que houve um agravamento dos confrontos desde o meio do ano, refletindo uma realidade preocupante para os moradores. Apesar dos dados oficiais indicarem uma redução nos homicídios em 2025, a sensação de insegurança persiste entre a população, que se sente vulnerável diante da violência.
O impacto da guerra entre facções é sentido diretamente nas comunidades, onde casos isolados de violência, como o assassinato da menina Alice Rodrigues, intensificam o medo entre os cidadãos. O professor Raphael Fonseca ressalta que a percepção de insegurança não acompanha necessariamente as estatísticas, criando um abismo entre os dados oficiais e a realidade vivida pelos moradores. A situação exige atenção urgente das autoridades para restaurar a confiança da população na segurança pública.