A associação internacional de telefonia GSMA divulgou, em 3 de setembro de 2025, um estudo sobre a faixa de 6 GHz, que se tornou central em uma disputa entre empresas de rede móvel e provedores de Wi-Fi. Apresentado no Painel Telebrasil 2025, o relatório analisa o tráfego de dados em 11 cidades da América Latina, incluindo Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados revelam que a utilização do Wi-Fi na faixa abaixo de 6 GHz é predominante, com São Paulo apresentando 30% de uso da faixa de 2,4 GHz.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, a GSMA projetou que até 2030 o tráfego de dados móveis na região crescerá em 3,4 vezes. O diretor de espectro da GSMA, Luiz Felippe Zoghbi, enfatizou que a crescente demanda por dados é o cerne do debate sobre espectro. Ele alertou que o espectro atual não será suficiente para suportar esse aumento e que é essencial discutir as necessidades para o 6G e os custos associados ao espectro.
A pesquisa destaca que a faixa de 6 GHz é vital para potencializar as redes 5G e futuras tecnologias. Com a dependência da América Latina em tecnologias Wi-Fi mais antigas, apenas uma pequena fração das cidades analisadas utiliza o Wi-Fi 6E. A GSMA defende a necessidade urgente de alocar mais espectro para operadoras móveis, uma vez que a infraestrutura atual pode não suportar a demanda crescente por conectividade nos próximos anos.