Movimentos sindicais e populares ocuparam as ruas de Porto Alegre no dia 7 de setembro, durante o Grito dos Excluídos e Excluídas, em uma manifestação que se opôs aos desfiles cívico-militares. O ato, que teve início no parque Redenção e culminou no Largo dos Açorianos, defendeu um projeto popular para o Brasil, com foco em soberania, justiça social, direitos trabalhistas e a rejeição à anistia para golpistas. Com o lema “sem anistia para golpistas, Bolsonaro na cadeia”, o evento uniu vozes em prol da democracia e da dignidade do povo brasileiro.
A 31ª edição do Grito contou com a participação de diversas organizações sociais e movimentos populares, incluindo cozinhas solidárias que forneceram alimentação aos manifestantes. Lucas Monteiro, integrante do Levante Popular da Juventude, destacou a importância do plebiscito popular pela taxação dos super-ricos e a defesa da soberania nacional. A professora Vivian Zamboni ressaltou a contradição entre a data da independência e a realidade social do país, enfatizando que as desigualdades ainda persistem.
Os discursos durante o ato reforçaram a urgência da mobilização popular diante da crise política e social. Líderes sindicais como Rodrigo Callais e Cláudio Correa clamaram por justiça e pela prisão de aqueles que tentaram desestabilizar a democracia brasileira. A manifestação não apenas abordou questões locais, mas também fez ecoar a luta pela soberania latino-americana contra intervenções externas, reafirmando a necessidade de união entre os povos da região.