O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta dificuldades para aprovar a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais na Câmara dos Deputados. Essa medida, uma promessa de campanha de Lula, é uma das principais bandeiras do governo, mas líderes do centrão indicam que, se não for votada ainda neste mês, poderá não ser pautada novamente. No entanto, há a possibilidade de que a votação ocorra até dezembro, especialmente após o julgamento sobre o golpe de Estado no STF.
Para tentar destravar a situação, o Palácio do Planalto considera uma alternativa no Senado, onde o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Renan Calheiros (MDB-AL), planeja avançar com um projeto semelhante ao proposto por Eduardo Braga (MDB-AM). O novo texto precisa ser aprovado até o final do ano para entrar em vigor em 2026. Enquanto isso, a oposição pressiona por um projeto de anistia que poderia beneficiar Jair Bolsonaro e outros réus, mas enfrenta resistência no Senado.
Apesar das dificuldades no Congresso, o governo observa um aumento na popularidade, com a aprovação da administração de Lula atingindo 33%, o maior índice do ano. Essa melhora é atribuída à queda nos preços dos alimentos e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Contudo, a oposição busca explorar as tensões políticas atuais para desgastar o governo e avançar em suas próprias pautas.