O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que sua primeira ação como presidente, caso vença as eleições de 2026, seria conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa estratégia visa estreitar laços com o eleitorado bolsonarista e foi acompanhada por uma promessa similar do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante sua participação no programa Roda Viva na semana anterior. Ambos os políticos buscam atrair os apoiadores do ex-mandatário em um cenário onde Bolsonaro se encontra inelegível.
A proposta de indulto surge em um momento em que analistas indicam que nenhum membro da família Bolsonaro deverá concorrer à presidência em 2026, permitindo que outros políticos de direita tentem herdar seu capital político. Especialistas consideram remota a possibilidade de reversão da inelegibilidade de Bolsonaro até as próximas eleições, dado o andamento dos processos judiciais. A promessa de indulto é uma tentativa de manter viva a conexão com a base eleitoral bolsonarista, mesmo com a ausência do ex-presidente no cenário político.
Entretanto, a efetividade de um eventual indulto pode enfrentar obstáculos jurídicos significativos. Mudanças no cenário político dependerão da presença expressiva da direita no Congresso Nacional, especialmente no Senado, um fator que ainda permanece incerto para as eleições vindouras. A movimentação dos governadores reflete uma estratégia calculada para solidificar suas posições dentro do eleitorado conservador e explorar as fragilidades atuais do ex-presidente.