Gol e Azul encerram fusão e reconfiguram mercado aéreo brasileiro

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

Na noite de quinta-feira, a Abra, controladora da Gol, anunciou o fim das negociações para uma fusão com a Azul, além do término do compartilhamento de voos entre as duas companhias. O divórcio foi bem recebido pelo mercado, que temia riscos regulatórios e impactos negativos para os consumidores, refletindo em um aumento significativo nas ações da Azul, que subiram 17,14%, e da Gol, que avançou 5,31%. Para analistas, a decisão é benéfica ao consumidor, pois promove maior concorrência no setor aéreo brasileiro.

O comunicado da Gol destacou que as discussões não avançaram desde a assinatura de um memorando de entendimento em janeiro, devido ao foco da Azul em sua recuperação judicial nos Estados Unidos. A situação financeira distinta das duas empresas complicou as negociações, com a Azul em recuperação desde maio e a Gol saindo desse processo em julho. Especialistas afirmam que a separação permite que cada companhia se concentre em suas estratégias individuais sem os desafios de uma fusão complexa.

Embora a Latam tenha se beneficiado do cenário atual, aumentando sua participação no mercado, Gol e Azul agora devem se reorganizar individualmente. A Azul já anunciou a redução de rotas não lucrativas como parte de sua reestruturação. A avaliação é que, apesar da maior competição potencial entre as companhias, ambas continuam fragilizadas financeiramente e precisarão de tempo para se estabilizar no mercado.

Compartilhe esta notícia