Na noite de quinta-feira (25), as companhias aéreas Gol e Azul confirmaram oficialmente o fim das negociações para uma fusão que poderia resultar na maior empresa do setor no Brasil. O anúncio também incluiu a rescisão do acordo de codeshare, que previa a integração parcial de suas malhas aéreas, e foi impulsionado pela necessidade de reestruturação financeira das duas empresas, com a Azul atualmente em recuperação judicial nos Estados Unidos.
O processo de fusão começou em janeiro, mas as conversas estavam paralisadas há meses devido à prioridade da Azul em reorganizar suas dívidas. Após o anúncio, as ações da Azul dispararam 17,14%, enquanto as da Gol subiram 5,31%. Especialistas afirmam que a decisão reflete as dificuldades em viabilizar uma fusão no setor aéreo, especialmente considerando a situação financeira delicada da Azul.
Com a Latam mantendo 41,4% do mercado doméstico, a perspectiva de uma “superaérea” no Brasil parece distante. A Gol busca se fortalecer de forma independente após sair da recuperação judicial, enquanto a Azul precisa focar em sua reestruturação. O futuro das companhias aéreas brasileiras agora depende da capacidade de retomar a demanda de passageiros e ajustar suas operações sem a ajuda de uma fusão.