Girão denuncia perseguição a Zambelli e pede anulação de julgamento

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Em pronunciamento no Plenário na segunda-feira (2), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que mensagens divulgadas pela imprensa e atribuídas a juízes auxiliares do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram “perseguição contra a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP)”, presa na Itália. Para Girão, as revelações — conhecidas como “Vaza Toga” — evidenciam parcialidade no Judiciário e justificam a anulação do julgamento de Zambelli. O vazamento das mensagens é atribuído a Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2022 e 2024.

O senador destacou que as mensagens revelam um clima de ódio e vingança dirigido a Zambelli, com ordens explícitas dos juízes Airton Vieira e Marco Antônio Vargas para prejudicá-la. Girão também mencionou que o caso impactou a família de Zambelli, resultando em bloqueios de contas bancárias e redes sociais, além da emissão de um mandado de prisão pela Interpol. Ele relatou que Tagliaferro expôs detalhes sobre pressões sofridas para justificar medidas contra adversários políticos.

Por fim, Girão cobrou do Senado a abertura de um processo de impeachment contra ministros do STF, questionando: “Quantas vidas de homens e mulheres de bem ainda terão que ser destruídas para que finalmente a Casa revisora da República saia dessa omissão e cumpra seu dever constitucional?” A declaração do senador ressalta a crescente tensão entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil.

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