Ad imageAd image

Gilmar Mendes se impede de votar em prisão de Careca do INSS

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou-se impedido de votar na petição referente à prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e do empresário Maurício Camisotti. O caso foi discutido no plenário virtual da 2ª Turma da Corte na sexta-feira, 26 de setembro de 2025, com o relator André Mendonça votando pela manutenção das prisões. O processo tramita sob sigilo, impossibilitando o acesso a todos os documentos envolvidos.

Antônio Carlos Camilo Antunes é considerado um dos principais operadores de um esquema de desvio de recursos do INSS, que deveriam ser destinados a aposentados e pensionistas. Apesar de seu apelido, ele nunca trabalhou no INSS e consolidou sua influência como empresário e lobista, utilizando uma rede de empresas para intermediar contratos que impactaram beneficiários em todo o Brasil. As investigações da Polícia Federal revelaram que Antunes movimentou R$ 53,58 milhões entre 2022 e 2024, com indícios de corrupção envolvendo funcionários do INSS.

A prisão de Antunes em setembro simboliza um marco nas investigações sobre corrupção no setor previdenciário e aumenta a pressão política sobre as autoridades. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS tem buscado ampliar as apurações, quebrando sigilos bancário e fiscal do lobista. O desdobramento deste caso poderá influenciar futuras ações legislativas e a percepção pública sobre a integridade das instituições responsáveis pela previdência social no Brasil.

Compartilhe esta notícia