O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como uma ‘incoerência’ o voto divergente de Luiz Fux que absolveu Jair Bolsonaro dos crimes relacionados à trama golpista. As declarações foram feitas nesta segunda-feira, 15, em São Paulo, durante a inauguração de um instituto de ensino do qual Mendes é sócio. Ele argumentou que, se não houve golpe, não deveria haver condenação e criticou a contradição em absolver alguns réus enquanto outros foram condenados.
Mendes também se manifestou contra um eventual projeto de anistia, considerando-o ilegítimo e inconstitucional. Em suas falas, ele comentou sobre as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e ironizou sobre a ausência de tirania no Brasil. Além disso, Mendes desqualificou as sanções impostas pelos Estados Unidos, afirmando que não afetam a vida institucional do país.
As críticas de Mendes ocorrem após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por diversos crimes, incluindo golpe de Estado e organização criminosa armada. O voto de Fux, que representou uma mudança em sua postura anterior, gerou divisões internas no STF e levanta preocupações sobre a coerência das decisões judiciais em casos políticos sensíveis.