O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou nesta segunda-feira (29) que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) mantém uma trajetória de crescimento preocupante. Em agosto de 2025, as despesas com o benefício alcançaram R$ 10,9 bilhões, representando uma alta real de 9,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a agosto, os gastos somaram R$ 85,3 bilhões, com aumento de 10,7% sobre o mesmo período de 2024.
Ceron ressaltou que um ritmo de crescimento anual próximo a 10% não é sustentável para as contas públicas. Apesar disso, ele observou uma desaceleração na margem desse avanço. O subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde, comentou que a implementação da biometria para acesso aos benefícios sociais ainda está em andamento e que seus efeitos positivos levarão tempo para se consolidar. Em agosto, o déficit das contas do governo federal atingiu R$ 15,6 bilhões.
O aumento contínuo das despesas com o BPC representa um desafio para o equilíbrio fiscal do país e pode pressionar as metas orçamentárias estabelecidas pelo governo. A desaceleração recente indica que medidas de controle e ajustes no sistema podem ser adotadas para conter o crescimento dos gastos sociais nos próximos meses.