Os ministros da Fazenda dos países do G7 se reuniram nesta sexta-feira (12) e concordaram em acelerar as negociações sobre a utilização dos ativos soberanos russos congelados para financiar a defesa da Ucrânia. O encontro, presidido pelo ministro canadense François-Philippe Champagne, contou com a presença de representantes de Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia. Durante a reunião, os ministros enfatizaram a necessidade de ampliar o apoio financeiro à Ucrânia e discutiram um ‘amplo espectro’ de medidas econômicas para aumentar a pressão sobre a Rússia, incluindo novas sanções e tarifas comerciais.
A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, reagiu à decisão do G7, afirmando que o confisco dos ativos russos trará consequências devastadoras para a economia mundial. Em coletiva de imprensa, Zakharova alertou que a possível apropriação dos recursos congelados pelo bloco europeu resultará em efeitos extremamente negativos para o sistema financeiro global. Desde o início da operação militar russa na Ucrânia em 2022, o G7 e a UE congelaram cerca de € 300 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em reservas da Rússia, com mais de € 200 bilhões (R$ 1,27 trilhão) localizados na Euroclear, uma das principais empresas de liquidação e custódia de títulos escriturais.