Cientistas confirmaram uma teoria proposta por Stephen Hawking há 50 anos ao observar a fusão de dois buracos negros a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra. A colisão, que resultou em um único buraco negro com cerca de 63 vezes a massa do Sol e girando a aproximadamente 100 revoluções por segundo, foi registrada por detectores de ondas gravitacionais. Publicados na revista Physical Review Letters, os resultados representam um avanço crucial na compreensão da gravidade e testam previsões da relatividade geral de Einstein.
A fusão dos buracos negros, um com 34 e outro com 32 vezes a massa do Sol, ocorreu em frações de segundo após orbitarem em alta velocidade. A pesquisa também validou o chamado “teorema da lei da área”, que afirma que a área do horizonte de eventos do buraco negro resultante deve ser maior que a soma das áreas dos buracos negros originais. Essa descoberta é considerada um marco na astrofísica, ampliando o entendimento sobre os fenômenos extremos do universo.
Com a detecção do sinal GW250114, os cientistas conseguiram testar aspectos fundamentais da teoria de Einstein com alta precisão. A validação da teoria da relatividade geral, incluindo suas consequências mais profundas, abre novas possibilidades para pesquisas futuras sobre gravidade e buracos negros. Espera-se que os avanços tecnológicos nos próximos anos permitam investigações ainda mais rigorosas sobre esses objetos enigmáticos do cosmos.