Frei Tito de Alencar Lima, frade dominicano e ativista, tornou-se uma voz poderosa contra a tortura durante a ditadura militar brasileira. Em um documentário de 1971, ele relatou os horrores que sofreu nas mãos do regime, enfatizando a necessidade de denunciar a violência sistemática. Sua carta escrita na prisão, que circulou amplamente, expôs os métodos brutais de tortura e se tornou um marco na memória coletiva do Brasil.
Nascido em Fortaleza em 1945, Frei Tito se envolveu em movimentos estudantis e religiosos antes de ser preso pela primeira vez em 1968. Sua segunda detenção, em 1969, resultou em torturas severas que o marcaram para sempre. Após ser libertado em 1971, ele viveu no exílio, mas as sequelas psicológicas das torturas o perseguiram até sua morte em 1974, na França.
Os relatos de Frei Tito não apenas documentaram a brutalidade da ditadura, mas também inspiraram uma geração a lutar por justiça e igualdade. Sua trajetória é lembrada como um símbolo de resistência e martírio, destacando a importância da memória histórica na luta contra a opressão. O impacto de suas palavras continua a ressoar na sociedade brasileira contemporânea.