O governo do primeiro-ministro da França, François Bayrou, perdeu um voto de desconfiança na Assembleia Nacional nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025. A votação resultou em 364 parlamentares contra a moção de confiança que Bayrou havia convocado, refletindo a falta de apoio em sua coalizão e a instabilidade política que afeta o país. O presidente Emmanuel Macron agora enfrenta a difícil decisão de indicar um novo primeiro-ministro ou convocar novas eleições, em meio a uma crise econômica crescente.
Bayrou havia proposto um orçamento polêmico para 2026, que incluía cortes significativos de gastos, como o congelamento de aposentadorias e a flexibilização das leis de seguro-desemprego. A proposta foi recebida com resistência tanto da oposição quanto de membros de sua própria coalizão, Os Republicanos. O déficit anual da França atinge 168,6 bilhões de euros, representando 5,4% do PIB, o dobro do limite permitido pela União Europeia, o que torna a situação ainda mais crítica.
A saída de Bayrou marca um momento decisivo para a política francesa, que já viu quatro primeiros-ministros em menos de dois anos. A instabilidade legislativa e o avanço da extrema direita nas últimas eleições complicam ainda mais a situação. Com a dívida pública crescente e a economia estagnada, Macron terá que agir rapidamente para evitar um colapso maior e restaurar a confiança no governo.