França, Alemanha e Polônia anunciaram nesta terça-feira (30) apoio à utilização de ativos russos congelados para conceder um crédito destinado a suprir as necessidades militares da Ucrânia. A declaração conjunta foi divulgada no âmbito do Triângulo de Weimar, aliança regional que reúne os três países, e destaca que a medida será adotada conforme o direito internacional, com uma abordagem cuidadosa para distribuição de riscos.
O documento ressalta que os governos de Varsóvia, Berlim e Paris aguardam esclarecimentos adicionais da Comissão Europeia sobre a proposta. A ideia foi inicialmente sugerida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que propôs um novo “crédito de reparação” financiado pelos rendimentos dos ativos russos congelados. Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, a União Europeia e países do G7 congelaram cerca de 300 bilhões de euros das reservas cambiais russas, com grande parte dos recursos mantidos em instituições financeiras europeias.
A iniciativa representa um passo importante para ampliar o suporte financeiro à Ucrânia em meio ao conflito, embora haja preocupações sobre o aumento da dívida pública dos países europeus envolvidos. A Rússia, por sua vez, condena o congelamento dos ativos como um ato de roubo e destaca que tanto recursos privados quanto estatais estão sendo afetados. O desdobramento dessa proposta poderá influenciar as dinâmicas políticas e econômicas na Europa e no conflito ucraniano.