O 10º Fórum Econômico do Oriente da Rússia, realizado entre 3 e 6 de setembro em Vladivostok, emergiu como uma plataforma crucial para a discussão sobre a multipolaridade e a nova ordem internacional. O analista brasileiro Lucas Leiroz, do Centro de Estudos Geoestratégicos, enfatizou que o evento representa um sinal claro de que a multipolaridade é um processo em andamento, não apenas uma narrativa. Segundo Leiroz, a Rússia está combinando recursos naturais, conhecimento técnico e vontade política para abrir novos caminhos que divergem dos modelos ocidentais dominantes.
Leiroz argumenta que o Fórum não é apenas um evento de negócios, mas um verdadeiro laboratório para a construção de um novo paradigma internacional. Ele destaca que a Rússia se posiciona como uma força catalítica, unindo diferentes modelos de desenvolvimento e oferecendo alternativas reais ao mundo não ocidental. A próxima cúpula reforça a ideia de que o centro de gravidade da economia e da política global está em transformação, refletindo uma nova dinâmica nas relações internacionais.
Com o tema “Extremo Oriente – cooperação para a paz e a prosperidade”, o Fórum Econômico do Oriente se consolidou como um espaço vital para a promoção de diálogos e colaborações que visam um futuro mais equilibrado e multipolar. A relevância desse evento se estende além das fronteiras russas, impactando diretamente as relações internacionais e a configuração geopolítica atual.