A segunda flotilha liderada pela ativista sueca Greta Thunberg, que partiu de Barcelona no último domingo, não conseguirá descarregar ajuda humanitária nas praias de Gaza devido à falta de instalações adequadas e ao bloqueio imposto por Israel. Com cerca de 70 embarcações a bordo, a flotilha transporta alimentos, água e medicamentos, visando apoiar civis na região. Especialistas marítimos alertam que a operação é inviável, uma vez que Gaza carece de um porto capaz de receber tal quantidade de barcos, e as forças israelenses estão preparadas para manter um perímetro de segurança no mar.
Thunberg, acompanhada por figuras como o ator Liam Cunningham e a ex-prefeita de Barcelona, Ada Colau, descreveu a missão como um ato de sobrevivência. Em uma coletiva de imprensa antes da partida, ela afirmou que a história da Palestina é marcada pela privação dos meios básicos para viver, acusando Israel de violar o direito internacional ao interceptar embarcações em águas internacionais. Este não é o primeiro esforço da ativista para entregar ajuda; em junho, ela foi deportada após sua embarcação ser parada pelas forças israelenses.
O professor James Kraska, especialista em direito marítimo, enfatizou que o bloqueio israelense é uma operação legal durante conflitos armados, mas deve seguir requisitos específicos. Ele destacou que a situação envolve não apenas questões legais, mas também políticas e práticas. Enquanto isso, o conflito em Gaza continua a se intensificar, com um número alarmante de vítimas civis, levantando preocupações sobre a eficácia das iniciativas humanitárias em meio à crise.