Durante a COP30, especialistas ressaltaram a importância da floresta Amazônica na produção de chuvas no Brasil. O processo de evapotranspiração, em que as plantas liberam vapor d’água, é fundamental para a formação de nuvens e precipitações. O físico Paulo Artaxo, professor da USP e membro do IPCC, enfatizou que o desmatamento na Amazônia pode alterar drasticamente o ciclo hidrológico do país, afetando regiões além da floresta.
Artaxo explicou que a umidade proveniente do Oceano Atlântico é transportada pelos ventos até a Amazônia, onde parte se transforma em chuva e outra parte se combina com o vapor das árvores, formando os chamados ‘rios voadores’. Esses rios invisíveis são responsáveis por uma quantidade significativa de água que abastece o Sudeste do Brasil. A preservação da Amazônia é, portanto, vital para garantir a continuidade desse ciclo.
As implicações do desmatamento são alarmantes, pois comprometem não apenas a biodiversidade local, mas também a segurança hídrica de diversas regiões brasileiras. A ciência é clara: a manutenção da floresta em pé é essencial para preservar o equilíbrio climático e os recursos hídricos do país como um todo.