Edson Fachin assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (29) e indica como uma das prioridades para sua gestão distensionar as relações políticas em torno da corte. O ministro ressalta que o Judiciário deve se manter afastado de interesses políticos, especialmente em um momento em que a atuação do tribunal tem sido questionada por diversos setores, incluindo o Congresso Nacional e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fachin, que já havia alertado sobre os ataques à democracia durante o governo Bolsonaro, reafirma a necessidade de um Judiciário que proteja a legalidade sem se tornar protagonista nas disputas políticas. Em um gesto de simplicidade, ele recusou ofertas de associações jurídicas para uma festa em sua homenagem, optando por uma cerimônia modesta com água e café.
O novo presidente do STF acredita que cabe à política lidar com valores e ideologias em disputa, enquanto o direito deve resistir à tentação de favorecer uma delas. Apesar de enfrentar críticas de setores bolsonaristas e ter sido alvo de ações do governo Trump, Fachin continua a defender um Supremo que preserve sua legitimidade e não se envolva nas arenas políticas.