As exportações brasileiras de ovos enfrentam uma queda pelo segundo mês consecutivo, com os Estados Unidos perdendo sua posição como principal comprador para o Japão. Em agosto de 2025, os EUA importaram apenas 2,13 mil toneladas de ovos in natura e processados, uma redução de 60% em relação a julho, enquanto o Japão aumentou suas compras para 578 toneladas, um crescimento de 29% em comparação ao mês anterior. Essa mudança ocorre após a imposição de tarifas pelo governo norte-americano, que impactou negativamente as vendas brasileiras.
Apesar da recente retração nas exportações, que começou em julho com uma queda de 20%, o desempenho total do ano ainda é positivo. De janeiro a agosto de 2025, o Brasil exportou cerca de 32,3 mil toneladas de ovos, um aumento significativo de 192,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP observa que, mesmo com a diminuição nas vendas nos últimos meses, o Brasil continua sendo um player importante no mercado global de ovos.
As implicações dessa mudança são significativas para o setor avícola brasileiro. A perda do mercado americano pode levar a ajustes nas estratégias de exportação e produção, enquanto o aumento das vendas para o Japão pode abrir novas oportunidades. Além disso, a alta nos preços dos ovos no mercado interno, impulsionada pela demanda sazonal e pela recuperação econômica, sugere que o setor pode se adaptar às novas dinâmicas do comércio internacional.