O exoplaneta TRAPPIST-1e, situado a 40 anos-luz da Terra, pode apresentar condições favoráveis à vida. Novas observações do Telescópio Espacial James Webb revelaram indícios de uma atmosfera com características semelhantes à terrestre, incluindo moléculas de nitrogênio, essenciais para a manutenção de água em estado líquido. Desde sua descoberta em 2016, o sistema TRAPPIST-1 tem atraído a atenção da comunidade científica, especialmente por abrigar sete planetas rochosos, três dos quais estão na zona habitável.
Apesar do potencial, os planetas que orbitam anãs vermelhas enfrentam desafios significativos devido à intensa atividade magnética dessas estrelas, que pode comprometer atmosferas frágeis. No entanto, TRAPPIST-1e se destaca por sua posição equilibrada em relação à estrela, aumentando suas chances de manter uma atmosfera estável. As medições realizadas durante o trânsito do planeta diante de sua estrela indicaram a presença de gases pesados e pequenas quantidades de dióxido de carbono e metano, afastando cenários semelhantes aos de Vênus e Marte.
Para confirmar a presença de uma atmosfera rica em nitrogênio, os astrônomos precisarão realizar pelo menos 15 observações adicionais com o James Webb. Se esses dados forem corroborados, TRAPPIST-1e poderá ser considerado o exoplaneta mais parecido com a Terra já identificado, reforçando a possibilidade de que mundos habitáveis existam relativamente próximos de nós na Via Láctea.