O Exército do Brasil decidiu proibir manifestações nas proximidades de quartéis durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ocorrerá no Supremo Tribunal Federal (STF) de 2 a 12 de setembro. A medida também se aplica ao feriado da Independência, em 7 de setembro, e foi divulgada pelo jornal O Globo. A decisão busca evitar a repetição de atos de apoio ao ex-presidente, que ocorreram após sua derrota nas eleições de 2022, quando manifestantes acamparam em frente a quartéis pedindo intervenção militar.
O julgamento envolve Bolsonaro e outros sete réus, incluindo militares de alta patente, que são acusados de participação na tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria Geral da República afirma que esses indivíduos tomaram decisões cruciais durante os eventos que levaram à crise política. Para garantir a segurança durante o julgamento, haverá uma operação integrada entre a Segurança Pública do Distrito Federal e a Polícia Judicial, com proibições de acampamentos e obstruções na Praça dos Três Poderes, além de monitoramento aéreo por drones.
As implicações dessa decisão são significativas, pois refletem a preocupação das autoridades com a segurança pública em um momento delicado da política brasileira. A expectativa é que o julgamento resulte em condenações para Bolsonaro e seus aliados, embora o tamanho das penas ainda seja incerto. A situação destaca a tensão política no país e a vigilância das forças armadas diante de possíveis agitações sociais.