A Justiça do Peru condenou nesta quarta-feira o ex-presidente Alejandro Toledo a 13 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, em um caso que se relaciona a escândalos de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht. Toledo, que ocupou a presidência entre 2001 e 2006, foi acusado de ter adquirido imóveis no Peru utilizando propinas recebidas da empresa, totalizando US$5,1 milhões em transações ilícitas. Os fundos foram movimentados através de uma empresa offshore criada na Costa Rica, conforme alegações da promotoria.
Esta condenação é a segunda que Toledo enfrenta, já que em outubro do ano passado ele foi sentenciado a 20 anos e seis meses de prisão por aceitar até US$35 milhões em propinas da Odebrecht em troca de concessões de obras públicas. Ambas as sentenças serão cumpridas simultaneamente, enquanto o ex-presidente se encontra detido em uma prisão em Lima, onde outros ex-líderes também estão encarcerados por corrupção.
Os casos de corrupção relacionados à Odebrecht têm repercussões significativas na política latino-americana, afetando diversos governos na região. A condenação de Toledo destaca a continuidade das investigações sobre corrupção no Peru e reforça a necessidade de responsabilização dos líderes políticos. O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski também enfrenta um julgamento por acusações similares, evidenciando a profundidade do problema na política peruana.