Antônio José de Abreu Vidal Filho, ex-policial militar natural de São Luís (MA), foi condenado a 275 anos de prisão pela Chacina do Curió, ocorrida em Fortaleza (CE) em 2015, que resultou na morte de 11 pessoas. Além dessa condenação no Brasil, ele foi sentenciado nos Estados Unidos por fraude durante processo de solicitação de visto. Após ser deportado dos EUA em 2025, Antônio José foi preso no Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais, onde aguarda transferência para o Ceará para iniciar o cumprimento da pena.
A Chacina do Curió envolveu 44 agentes da Polícia Militar do Ceará, sendo que oito já foram condenados pelo crime motivado por vingança. Antônio José foi um dos primeiros a ser sentenciado e teve sua pena inicialmente fixada em 275 anos, posteriormente reduzida para 238 anos. O processo segue em tramitação no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), com recursos pendentes no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O advogado de defesa solicitou a nulidade do processo, que ainda aguarda decisão.
O caso representa um marco na responsabilização de agentes públicos envolvidos em violência extrema no Ceará. A transferência de Antônio José para o sistema prisional cearense reforça o compromisso das autoridades brasileiras em garantir o cumprimento das penas e o combate à impunidade. Enquanto isso, ele permanece sob custódia em Minas Gerais até a conclusão dos trâmites legais para sua transferência definitiva.