Antônio José de Abreu Vidal Filho, ex-policial militar condenado a 275 anos de prisão pela Chacina do Curió, foi preso no dia 17 de setembro em Minas Gerais após ser deportado dos Estados Unidos. Ele havia sido condenado a 16 meses nos EUA por fraude no processo de solicitação de visto e cumpria pena naquele país. Ao chegar ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de Confins, a Polícia Federal cumpriu o mandado de prisão em aberto contra ele.
A Chacina do Curió ocorreu em Fortaleza, em novembro de 2015, e resultou na morte de 11 pessoas, majoritariamente jovens sem antecedentes criminais. Antônio José e outros policiais foram denunciados e julgados pelo crime, que teve motivação ligada à vingança pela morte de um soldado da PM. Desde 2018, o ex-policial estava nos EUA, onde obteve documentos e solicitou asilo, omitindo informações sobre seu passado criminal.
Após audiência de custódia na comarca de Pedro Leopoldo, Antônio José permanece preso aguardando transferência para o Ceará, onde cumprirá sua pena. O caso reforça a cooperação internacional no combate à impunidade e pode impactar os processos judiciais relacionados à chacina, que ainda envolve outros policiais sob julgamento.