Durante o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus por envolvimento em atos golpistas, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, manifestou sua crítica à postura do atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Mello considerou ‘extravagante’ a decisão de Barroso de se sentar ao lado do presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, afirmando que tal atitude não condizia com o decoro esperado em uma sessão que não ocorria no Plenário.
O ex-ministro destacou que a presença de Barroso só faria sentido se o julgamento estivesse sendo realizado no Plenário, enfatizando que sua atitude foi um ‘passo demasiadamente largo’. Em uma entrevista ao Uol, Mello também expressou seu apoio à anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro, afirmando que essa é uma decisão soberana do Congresso Nacional e que implica uma necessária pacificação social.
A defesa da anistia por parte de Mello contrasta com a posição da maioria dos ministros da Primeira Turma do STF, especialmente do relator Alexandre de Moraes, que rejeitou essa possibilidade em seu voto. Moraes argumentou que a impunidade não é uma opção viável para a pacificação social. O julgamento resultou na condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe, encerrando um capítulo significativo na política brasileira.