Na quinta-feira (11), o ex-ministro da Previdência, Ahmed Mohamad Oliveira, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, onde negou qualquer envolvimento em fraudes que prejudicaram aposentados e pensionistas. Ele reconheceu a limitação da pasta em verificar acordos de cooperação técnica (ACTs) com associações que realizaram descontos indevidos, mas reafirmou que não teve participação em irregularidades durante seu mandato, que ocorreu entre março de 2022 e janeiro de 2023, no governo Bolsonaro.
Oliveira enfrentou questionamentos da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que destacou a celebração de acordos com entidades identificadas como “fantasmas” durante sua gestão. Apesar de admitir falhas no protocolo de verificação, o ex-ministro sustentou que a assinatura dos ACTs não é, por si só, fraudulenta. O depoimento foi marcado por acusações de contradições e omissões, com parlamentares sugerindo que Oliveira poderia estar mentindo sobre seu conhecimento das operações irregulares.
As implicações do depoimento são significativas, uma vez que levantam questões sobre a responsabilidade dos gestores públicos em relação a fraudes no sistema previdenciário. A CPMI continua a investigar as práticas irregulares e a atuação do INSS sob diferentes administrações, enquanto o ex-ministro se defende das acusações e busca esclarecer sua posição em meio a um cenário político conturbado. O desdobramento deste caso poderá influenciar futuras discussões sobre a gestão da Previdência Social no Brasil.