Flávio de Barros Bruno da Silva, ex-goleiro do Sport que conquistou o Campeonato Brasileiro em 1987, foi condenado a mais de 24 anos de prisão por crimes de estupro contra uma criança de 9 anos e uma adolescente de 13. As condenações foram proferidas em primeira instância pelo juiz Rodrigo Flávio Alves de Oliveira e referem-se a abusos ocorridos na escolinha de futebol que ele administrava no bairro da Caxangá, na Zona Oeste do Recife. A primeira pena, de dez anos e quatro meses, diz respeito ao caso da menina, enquanto a segunda, de 14 anos, quatro meses e 21 dias, refere-se à adolescente. Ambas as penas devem ser cumpridas em regime fechado.
As denúncias contra Flávio Barros surgiram em abril de 2024 e resultaram em processos que tramitam em segredo de Justiça. A defesa do ex-jogador alega que as condenações são injustas e que ele será inocentado em futuros julgamentos. A escolinha “CT do Flávio”, que funcionou por mais de 27 anos e formou diversos atletas, foi encerrada após as acusações. O caso levanta preocupações sobre a segurança das crianças em ambientes esportivos e a necessidade de medidas rigorosas para prevenir abusos.
Com as condenações, o ex-goleiro enfrenta um futuro incerto, enquanto as vítimas buscam justiça. A defesa já anunciou a intenção de recorrer das decisões, o que pode prolongar o processo judicial. O impacto social das alegações é significativo, especialmente em um contexto onde a proteção infantil é uma prioridade crescente na sociedade brasileira.