Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi assassinado em uma emboscada na Praia Grande, litoral sul paulista, nesta segunda-feira, 15. Conhecido por sua luta contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Fontes foi baleado ao sair da sede da Prefeitura, onde exercia a função de secretário de Administração Pública. O ataque ocorreu quando ele foi seguido por criminosos em uma Hilux, que o cercaram e dispararam com fuzis.
Fontes, que chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, ganhou notoriedade por indiciar a cúpula do PCC em 2006 e por sua atuação em investigações de narcotráfico. Quinze minutos antes do ataque, ele conversou com o procurador de Justiça Márcio Christino, que afirmou que Fontes não estava mais envolvido com questões de segurança. A ação criminosa levanta preocupações sobre a segurança pública no estado e possíveis retaliações por parte do PCC ou de grupos associados.
As autoridades estão investigando o caso e já despacharam policiais para a Baixada Santista. A possibilidade de que Fontes tenha conseguido ferir um dos atacantes durante o confronto é um ponto crucial na investigação. Este assassinato não apenas destaca a violência crescente na região, mas também reitera os desafios enfrentados pelas forças de segurança no combate ao crime organizado em São Paulo.