Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, foi executado a tiros em uma emboscada na Praia Grande, litoral paulista, nesta segunda-feira, 15. O crime ocorre em um contexto de violência crescente e vinganças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa da qual Fontes foi um dos principais opositores durante sua carreira. Ele já havia escapado de atentados anteriormente, incluindo um plano de assassinato em 2010 e uma troca de tiros em 2012.
Fontes chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022 e ficou conhecido por indiciar a cúpula do PCC em 2006. Após seu assassinato, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que dedicará todos os esforços à investigação do crime. As autoridades suspeitam que a ação possa estar ligada à Sintonia Restrita, grupo de pistoleiros do PCC, ou a conflitos relacionados a licitações na Prefeitura de Praia Grande.
Se confirmada a participação do PCC, este seria o terceiro assassinato de autoridades ligadas ao combate à facção, evidenciando a escalada da violência e as retaliações contra aqueles que atuam contra o crime organizado. A polícia já iniciou as investigações e busca identificar os responsáveis pelo crime, enquanto a comunidade se mostra preocupada com a segurança na região.