Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a revogação do visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, após sua participação em manifestações pró-Palestina em Nova York. O Departamento de Estado classificou suas declarações como ‘impudentes e incendiárias’, afirmando que ele instou soldados americanos a desobedecerem ordens e incitar a violência. Durante o ato, que contou com a presença do cantor britânico Roger Waters, Petro pediu que os militares não apontassem armas para as pessoas e desobedecessem às ordens de Trump.
Em resposta à revogação do visto, Petro afirmou estar em Bogotá e denunciou a ação como uma violação das regras de imunidade estabelecidas pelas Nações Unidas. Ele criticou o governo americano por não cumprir o direito internacional e questionou a permanência da sede da ONU em Nova York. Em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, o presidente colombiano acusou Donald Trump de ser ‘cúmplice de genocídio’ em Gaza e defendeu processos contra o presidente americano por suas ações no Caribe.
A revogação do visto levanta preocupações sobre as implicações para as relações diplomáticas entre Colômbia e Estados Unidos, especialmente em um momento em que Washington intensifica suas operações contra o narcotráfico na região. A situação também destaca a crescente tensão entre líderes latino-americanos e a administração americana, refletindo um cenário geopolítico complexo e em evolução na América Latina.