Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira (12) no Conselho de Segurança da ONU que defenderão ‘cada centímetro do território da OTAN’ após a entrada de drones russos no espaço aéreo da Polônia. A embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, declarou que Washington dará apoio total aos aliados diante das violações, um dia após o presidente Donald Trump sugerir que a incursão poderia ter sido um erro. Shea também observou que a Rússia intensificou os bombardeios contra a Ucrânia logo após uma reunião entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin no Alasca, que buscava avançar nas negociações para encerrar a guerra. Na quarta-feira (10), a Polônia confirmou que derrubou drones em seu espaço aéreo com auxílio de aeronaves da OTAN, marcando a primeira vez que um membro da aliança usou armas durante o conflito entre Rússia e Ucrânia. O secretário de Estado polonês, Marcin Bosacki, apresentou fotos de destroços de drones com inscrições em russo e afirmou que não houve engano na incursão. ‘A Polônia não se deixará intimidar’, disse ele. O embaixador da Eslovênia na ONU, Samuel Zbogar, também rejeitou a possibilidade de erro, alegando que não seria plausível que várias aeronaves tivessem entrado tão profundamente no território polonês acidentalmente. A Rússia negou qualquer ataque à Polônia, com o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, afirmando que os drones tinham um alcance máximo de 700 quilômetros, tornando ‘fisicamente impossível’ atingir alvos na Polônia. Moscou se disse aberta ao diálogo para reduzir tensões. Após o debate, os EUA e outros países ocidentais divulgaram uma declaração conjunta acusando Moscou de violar o direito internacional e a Carta da ONU, exigindo o fim da guerra contra a Ucrânia e pedindo que a Rússia suspenda novas provocações.