O embaixador dos EUA na União Europeia, Andrew Puzder, alertou que as regras digitais europeias devem garantir que não penalizem as empresas norte-americanas nem violem direitos fundamentais. Em entrevista ao Financial Times, Puzder afirmou que Washington apresentará propostas formais à Comissão Europeia para revisar as leis digitais, buscando esclarecer os pontos de desacordo entre as duas regiões. Segundo ele, há uma diferença de percepção sobre o grau de restrição das normas, o que exige uma análise cuidadosa.
A crítica dos EUA se concentra na Lei de Mercados Digitais (DMA) e na Lei de Serviços Digitais (DSA), que, segundo Washington, podem discriminar empresas americanas. Puzder ressaltou que nenhum presidente dos EUA pode tolerar violações aos direitos fundamentais de cidadãos ou empresas norte-americanas. A Comissão Europeia abriu uma consulta pública sobre possíveis simplificações na legislação digital, com prazo até 14 de outubro, mas há preocupações de que isso possa enfraquecer proteções importantes.
As Big Techs, como Apple e Google, intensificaram o lobby contra o DMA, enquanto a Comissão Europeia reafirmou que a legislação é neutra quanto à origem das empresas e não será revogada. Apesar das críticas, Puzder elogiou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, pelo acordo comercial firmado com Trump, que evitou uma guerra tarifária. Ele defendeu mais diálogo para alinhar expectativas e evitar medidas prejudiciais aos aliados.