Os Estados Unidos estão considerando a aplicação de novas sanções ao Brasil, incluindo a extensão da Lei Magnitsky aos ministros do STF que votaram pela condenação de Jair Bolsonaro. Christopher Garman, diretor-executivo da Eurasia Group, destacou que essas sanções podem se estender aos familiares dos ministros, complicando ainda mais as relações bilaterais. Além disso, Garman mencionou o risco de multas a instituições financeiras que mantêm vínculos com indivíduos sancionados, embora não haja confirmação sobre penalidades específicas contra o Banco do Brasil.
A deterioração das relações entre os Estados Unidos e a Rússia pode resultar em pressões adicionais sobre o Brasil, especialmente em relação à compra de diesel russo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem adotado um discurso firme, mas evita retaliações diretas, alinhando-se com a posição de Geraldo Alckmin. Contudo, Garman alerta que a tentação de adotar medidas retaliatórias pode aumentar caso novas sanções sejam impostas pelos EUA, levando a um cenário potencialmente perigoso para as relações entre os dois países.
Embora uma escalada significativa não seja considerada o cenário mais provável, a situação atual demanda atenção devido aos riscos potenciais para as relações bilaterais. O governo brasileiro precisa navegar cuidadosamente neste contexto delicado, evitando ações que possam agravar ainda mais as tensões com Washington. A análise de Garman ressalta a importância de monitorar os desdobramentos dessa questão nos próximos meses.