EUA lamentam operação que prendeu trabalhadores sul-coreanos na Geórgia

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, lamentou a recente operação de imigração que resultou na detenção de mais de 300 trabalhadores sul-coreanos em uma fábrica da Hyundai, localizada na Geórgia. Em encontro realizado no último domingo (14) com o primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Yoon-joo, Landau propôs que o incidente fosse transformado em uma oportunidade para fortalecer as relações bilaterais. O presidente Donald Trump também se manifestou, garantindo que os trabalhadores sul-coreanos não enfrentariam desvantagens ao retornarem aos EUA, embora a maioria tenha optado por voltar ao seu país de origem.

A operação, que ocorreu na última quinta-feira (4), fez parte de uma megaoperação anti-imigração que resultou na prisão de 475 imigrantes de diversas nacionalidades. Os trabalhadores sul-coreanos foram repatriados na sexta-feira (12) e chegaram ao Aeroporto Internacional de Incheon, na região metropolitana de Seul. Durante a reunião, Landau destacou a necessidade de abordar as preocupações sobre imigração e comércio, especialmente em um momento em que os dois países estão em negociações sobre um acordo comercial significativo.

As implicações dessa operação podem ser profundas, pois refletem as crescentes tensões entre o governo Trump e Seul, um aliado estratégico dos EUA na Ásia. A situação pode complicar as discussões sobre um acordo comercial que envolve investimentos significativos da Coreia do Sul nos Estados Unidos, além de acentuar a crítica à política de imigração do governo americano. O incidente também levanta questões sobre o tratamento de imigrantes e a eficácia das operações de fiscalização realizadas pelo ICE.

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