Os Estados Unidos estão diante de uma crise significativa nas indústrias de construção naval e semicondutores, com a necessidade urgente de 250 mil trabalhadores navais e 146 mil posições não preenchidas até 2030. O secretário da Marinha, John Phelan, enfatizou em Detroit que, embora tenham investido na formação em programação, é crucial ensinar habilidades manuais para atender à demanda crescente. A escassez de mão de obra qualificada não apenas ameaça o setor, mas também coloca em risco a segurança nacional e a competitividade econômica do país em relação à China.
Apesar do crescimento nas indústrias de navios e chips, os EUA têm desvalorizado as profissões técnicas, resultando em uma queda acentuada na força de trabalho do setor manufatureiro. Atualmente, apenas 3% da população americana está empregada na manufatura, uma queda significativa em comparação aos 9% durante a Guerra Fria. Embora estados como Texas, Flórida e Geórgia tenham superado os níveis de emprego pré-pandemia, muitos outros ainda lutam para recuperar suas taxas de emprego no setor.
A situação é alarmante, pois a Marinha dos EUA precisa urgentemente contratar novos trabalhadores para manutenção e construção de embarcações, enquanto o setor de semicondutores enfrenta um crescimento projetado de 33% até 2030. O presidente Donald Trump ressaltou que os salários para trabalhadores de colarinho azul estão aumentando rapidamente, mas é essencial que os estaleiros retenham trabalhadores experientes para garantir a competitividade dos EUA no cenário global. A recuperação da manufatura é vista como uma prioridade para a segurança e prosperidade do país.