A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil manifestou sua desaprovação em relação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 12 de setembro de 2025. Em uma publicação nas redes sociais, a representação diplomática descreveu a decisão como parte de um ‘complexo de perseguição e censura’ orquestrado pelo ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de ‘violador de direitos humanos’.
A crítica da embaixada destaca a tensão entre os EUA e o Brasil em relação ao tratamento judicial de Bolsonaro, que é visto como um aliado político do ex-presidente Donald Trump. A declaração enfatiza que quatro dos cinco ministros do STF votaram pela condenação, o que, segundo a embaixada, representa um ‘sombrio desdobramento’ na política brasileira. A posição americana sugere um apoio implícito a Bolsonaro e seus apoiadores, que alegam estar sendo alvo de uma perseguição política.
Em resposta, o Itamaraty repudiou as declarações do porta-voz da embaixada, reafirmando a independência do sistema judiciário brasileiro. Essa troca de acusações pode intensificar as tensões diplomáticas entre os dois países, especialmente em um momento em que o Brasil busca afirmar sua soberania e autonomia nas decisões judiciais e políticas.