O governo dos Estados Unidos anunciou que o apoio financeiro à Argentina, liderada pelo presidente Javier Milei, está condicionado ao afastamento da influência da China. Segundo reportagem do jornal argentino La Nación, Milei retornou a Buenos Aires com exigências que podem alterar suas estratégias geopolíticas, incluindo o cancelamento de um swap com o Banco Popular da China. A expectativa é que a ajuda norte-americana, estimada em US$ 20 bilhões, chegue a tempo para enfrentar vencimentos de dívida em janeiro e julho de 2026, totalizando US$ 8,5 bilhões.
Analistas acreditam que o cancelamento do acordo com a China pode ser uma condição para firmar uma linha de swap com o Tesouro dos EUA. Além disso, fontes indicam que há preocupações em Washington sobre a capacidade de Milei de formar coalizões no Congresso argentino, o que é visto como essencial para garantir previsibilidade aos investidores e o pagamento das dívidas do país. A situação política interna da Argentina será monitorada de perto pelos EUA, em um contexto de crescente vigilância sobre as decisões do governo Milei.
A relação entre Argentina e Estados Unidos é considerada estratégica na América Latina, especialmente sob a administração Trump. A pressão para que Milei cancele acordos com a China reflete a intenção dos EUA de reafirmar sua influência na região. Com a proximidade das eleições e a necessidade de reformas econômicas, a capacidade do governo argentino de atender às demandas norte-americanas será crucial para sua estabilidade financeira e política.