A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, teve seu visto americano cancelado pelo governo dos Estados Unidos. A decisão foi comunicada nesta semana pelo consulado americano em São Paulo, que alegou ter obtido informações que tornariam Coradi inelegível para entrar no país, conforme a seção 221(i) da Lei de Imigração e Nacionalidade. A dirigente expressou surpresa com a revogação, afirmando não ter antecedentes criminais ou envolvimento em atividades ilícitas.
Após o cancelamento do visto, Coradi apresentou explicações ao consulado, mas a decisão foi mantida. O PSOL reagiu à medida classificando-a como uma retaliação política e reafirmou seu compromisso com a defesa da democracia e da soberania nacional. Líderes do partido, incluindo Guilherme Boulos, criticaram a ação como autoritária e parte de uma escalada de tensões políticas entre os Estados Unidos e setores da esquerda brasileira.
Para reverter o cancelamento, Coradi terá que iniciar um novo processo regular para obter autorização de entrada nos EUA. O consulado informou que não responderá a pedidos adicionais de revisão do caso, o que levanta preocupações sobre a transparência e os critérios utilizados nas decisões de imigração sob o governo Trump.